Guia sobre Prova de Trabalho vs. Prova de Participação

Em 2022, está a tornar-se mais evidente que a tecnologia de blockchain não só está aqui para ficar, como tem a poderosa capacidade de mudar o mundo de formas que anteriormente nunca poderíamos ter imaginado.

Para além da sua utilização de base como sistema utilizado para transferir de forma segura e eficiente os ativos de crypto, a tecnologia de blockchain assumiu um novo e entusiasmante papel fora dos domínios das finanças descentralizadas.

Dos cuidados de saúde e mecanismos de votação aos jogos de vídeo e royalties para vários artistas, a blockchain tem a capacidade de transferir vários aspetos da nossa vida quotidiana. Mas duas das principais bases de qualquer tecnologia de blockchain são dois modelos de consenso de blockchain, chamados prova de trabalho e prova de participação.

A prova de trabalho e a prova de participação são utilizadas em todo o mundo do trading e do investimento de crypto, de modo a assegurar a validade das transações. No mundo da prova de participação, os entusiastas de crypto minam criptomoedas eletronicamente moedas, de modo a validar novas transações numa blockchain. Por outro lado, a prova de trabalho faz com que os utilizadores de crypto resolveram complexas equações matemáticas através do poder do computador.

Já percebemos. Para um recém-chegado ao mundo do crypto, pode ser um conceito assustador para se familiarizar. Mas não tenha medo! Hoje, vamos explicar-lhe tudo o que precisa de saber sobre prova de trabalho vs. prova de participação, da forma mais simples possível. Vamos cobrir coisas como

• As diferenças, papéis e capacidades únicas, tanto da prova de participação, como da prova de trabalho.
• Responder a perguntas frequentes sobre os dois mecanismos de consenso.
• Como os dois mecanismos de consenso diferem muito quando se trata do consumo de energia e da ameaça de ataques cibernéticos.

E, claro, muito mais! Então, junte-se a nós numa entusiasmante viagem ao passado, presente e futuro da tecnologia de blockchain.

No final deste guia, estará bem versado em tudo o que há para saber sobre PdS vs. PdW. Agora, vamos começar!

O que é o mecanismo de consenso de Prova de Trabalho?

Primeiro, comecemos por mergulhar no primeiro mecanismo de consenso a ser instituído: a prova de trabalho! O conceito de prova de trabalho (POW) nasceu em 1993 e foi criado por Moni Naor e Cynthia Dwork.

O seu objetivo original era contra-atacar os ataques de negação de serviço e spam, persistentes nas redes informáticas. Mas, em 2004, foi ampliado por um homem chamado Hal Finney, que estendeu a prova de trabalho a um novo papel: fornecer um nível de segurança para bens digitais. Em 2009, a ideia de Finney foi implementada, quando a Bitcoin a adotou. Mas como é que tudo isto funciona?

Em termos simples, o modelo de prova de trabalho (POW) tem um aspeto competitivo significativo. Este mecanismo de consenso faz com que os mineiros de crypto compitam entre si para resolverem equações matemáticas complexas, utilizando sistemas informáticos de alta potência.

O objetivo é ser o primeiro mineiro a resolver as equações. Aos que o fazem é, então, concedida a capacidade de autenticar e adicionar novos blocos à cadeia. Por sua vez, recebem a criptomoeda, como recompensa pelos seus esforços.

Devido à natureza inerente da prova de trabalho, este mecanismo de consenso necessita de computadores com uma velocidade cada vez mais significativa. Como resultado, a prova de trabalho desenvolveu uma reputação de não ser amiga do ambiente, devido às enormes quantidades de energia que consome.

Como é que as transações são verificadas sob a PoW?

Já cobrimos as bases da prova de trabalho. Mas sem ver a POW em ação, pode ser um desafio perceber como funciona. Assim, de seguida, analisaremos um estudo de caso detalhado de como as transações são verificadas sob o mecanismo de consenso da prova de trabalho, utilizando a Bitcoin como exemplo.

Etapa 1) Em média, é criado um novo bloco dentro do ecossistema Bitcoin a cada dez minutos. Isto é aproximadamente a mesma quantidade de tempo necessária para validar transações Bitcoin.

Etapa 2) Sempre que um novo bloco é criado, cada um contém transações únicas que devem ser verificadas e validadas. Como a BTC é inerentemente descentralizada, é uma tarefa enorme, tanto em termos de tempo como de energia, verificar corretamente cada transação que se realiza. É aqui que entra a prova de trabalho.

Etapa 3) A prova de trabalho resolve esta drenagem no tempo e nos recursos, fornecendo um enorme poder computacional para descobrir o algoritmo de crypto. Aqueles que participam no processo de rede são frequentemente referidos como mineiros e são recompensados com base nos recursos que têm à sua disposição para resolver o algoritmo rapidamente.

Etapa 4) Quando as transações dentro de um bloco são totalmente verificadas, são adicionadas à blockchain acessível ao público. Uma vez lá, todos os outros utilizadores da rede podem visualizá-los.

Agora, para reforçar a sua compreensão destas quatro etapas, vamos pô-las em prática com um exemplo fácil de seguir: 10 + 10 usando o mecanismo de consenso de prova de trabalho.

Sabemos que a resposta a isto é 20. Contudo, sob o sistema de prova de trabalho, a primeira pessoa a obter a resposta certa é aquela que recebe a recompensa de crypto. Digamos, por exemplo, que o Mineiro A e o Mineiro B estão em competição entre si para resolver primeiro esta questão matemática. Aqui estão os seus resultados:

Mineiro A

• Primeira Tentativa: 10+10 = 11 Incorreto
• Segunda Tentativa: 10+10 = 9 Incorreto
• Terceira Tentativa: 10+10 = 10 Incorreto

Mineiro B

• Primeira Tentativa: 10+10 = 13 Incorreto
• Segunda Tentativa: 10+10 = 20 Correto
• Terceira Tentativa: 10+10 = 14 Incorreto

Muito bem, Mineiro B! Como podem ver, este mineiro resolveu com sucesso a equação matemática na sua segunda tentativa. Contudo, o número de tentativas não é, muitas vezes, o fator decisivo para ganhar a recompensa; é tudo uma questão de tempo.

Os mineiros dedicados ao crypto irão, muitas vezes, investir enormes quantidades de capital na construção de uma rede de computadores de alta potência que possam resolver problemas matemáticos de crypto em segundos. Em termos simples, é uma corrida sensível ao tempo ser o primeiro a resolvê-los e a receber a recompensa de crypto.

Onde mais se usa a prova de trabalho?

Embora a Bitcoin seja um grande exemplo da Prova de Trabalho, está longe de ser o único modelo que a utiliza. De seguida, vamos aprofundar alguns exemplos úteis de produtos e serviços diários que adotaram o mecanismo de consenso da Prova de Trabalho.

E-mails

Primeiro, um exemplo de prova de trabalho com o qual todos nós estamos bem familiarizados: os e-mails! Milhões de e-mails são enviados diariamente em todo o mundo. Normalmente, a rede global de computadores pode lidar com este tráfego com facilidade. Mas quando a rede é sobrecarregada com uma infinidade de outras tarefas e e-mails de spam, a sua velocidade e eficiência podem ser drasticamente afetadas. É aqui que entra a prova de trabalho. A POW assiste a rede global de computadores, reforçando a segurança e erradicando o correio eletrónico não desejado.

DDoS

A Negação de Serviço Distribuída (DDoS) é uma forma cada vez mais comum de ciberataque, utilizada por criminosos em linha em todo o mundo. O rescaldo de uma DDoS pode causar grandes interrupções e perturbações. Ao resolver complexos problemas matemáticos, a prova de trabalho pode combatê-los ou preveni-los completamente.

Prós e contras da PoW

A prova de trabalho tem certamente os seus benefícios, mas não é isenta de falhas. Nesta secção, iremos aprofundar os prós e contras mais significativos da prova de trabalho.

Prós	Contras
A prova de trabalho ostenta um elevado nível de segurança comprovada para os utilizadores de crypto e mineiros.	O equipamento mineiro necessário é caro, e isto faz com que não seja fácil para principiantes.
A prova de trabalho fornece um método descentralizado de verificação de transações em blockchain.	O uso excessivo de energia da POW significa que não é amiga do ambiente.
Os mineiros de crypto podem ganhar criptomoedas como recompensa pelo seu trabalho.	Por vezes, existem taxas elevadas e velocidades de transação lentas.

O que é a prova de participação (POS)?

Agora, vamos falar sobre a Prova de Participação. Este mecanismo de consenso surgiu depois de a Prova de Trabalho ter entrado em cena pela primeira vez, em 2012, e foi fruto da criação de Sunny King e de Scott Nadal. O seu objetivo era resolver a questão associada à Bitcoin, que era o elevado consumo de energia. Em 2012, a manutenção da rede BTC custava cerca de 150.000 dólares todos os dias.

Mas isto não era tudo. Havia uma vasta gama de preocupações em torno da prova de trabalho. Assim, a prova de participação (POS) foi criada para fornecer uma alternativa única a questões como:

• A quantidade de energia consumida pela prova de trabalho e o subsequente impacto no ambiente.
• A prova de trabalho foi considerada como tendo um elevado nível de vulnerabilidade a ataques cibernéticos.
• Um número crescente de questões e preocupações sobre a escalabilidade global da prova de trabalho.

Então, como funciona? 5 é muito simples de explicar. A POW gira em torno dos conhecidos mineiros que, ao contrário de um mineiro convencional, resolvem complexos problemas matemáticos que verificam transações numa determinada criptomoeda. Quando a moeda digital desejada é minerada com sucesso, o mineiro recebe em troca uma certa quantidade do ativo.

Dentro do consenso de prova de participação, os mineiros (ou stakers) têm de apostar uma determinada quantia da sua moeda digital antes de serem autorizados a validar as transações. A quantidade de moedas digitais que um mineiro possui determina a quantidade de poder que tem. Estes participantes são selecionados aleatoriamente para cada transação, de acordo com um algoritmo único.

Portanto, para resumir a prova de participação (POS), simplesmente:

• A prova de participação é um algoritmo de consenso criado em 2012 em resposta às preocupações energéticas e de vulnerabilidade em torno da prova de trabalho. Sob a PoS, os mineiros de crypto apostam os seus ativos de crypto de modo a validar transações.
• Um algoritmo seleciona aleatoriamente os mineiros, mas é dada prioridade àqueles que têm uma participação mais significativa ou um longo registo de staking de crypto na rede.
• Uma vez que o algoritmo os tenha escolhido, todos os mineiros devem concordar em verificar os blocos válidos nas transações da blockchain em questão.
• Uma vez verificado o bloco válido na transação de blockchain pelos mineiros, estes recebem então uma recompensa na forma do seu bem digital escolhido, quando o bloco tiver sido adicionado à cadeia.
• Se o bloco for incorretamente verificado, a aposta do mineiro será afetada, e este poderá perder a sua aposta e a recompensa do bloco. A razão por detrás disto é assegurar um nível mais elevado de segurança ao processo de prova de participação e remover a tentação de roubar moedas ou de levar a cabo um comportamento fraudulento.

Como são verificadas as transações: PoS

Mais uma vez, compreender como funciona a prova de participação é uma coisa, mas vê-la em ação é outra. Deste modo, vamos mergulhar num grande exemplo de prova de participação em ação, para reforçar ainda mais a sua compreensão deste mecanismo de consenso popular. Porque, quando comparada com a prova de trabalho, é inerentemente diferente.

Com a prova de participação, a formação de um novo bloco é determinada por quanto um participante da rede aposta. Isto é baseado no número de ativos de crypto que o participante possui e está disposto a potencialmente apostar na rede para receber mais em troca.

Em vez da mineração, como com a prova de trabalho, os participantes da rede não são recompensados com criptomoedas no sistema de prova de participação. A forma como funciona é simples.

Quando um participante da rede deseja iniciar o processo de staking, é-lhe exigido que deposite a quantidade escolhida de ativos de crypto numa carteira digital que, em seguida, os bloqueia. De seguida, as moedas são essencialmente congeladas, com o objetivo de serem apostadas na rede.

Tal como a prova de trabalho requer um investimento inicial, sob a forma de hardware informático, a prova de participação requer um investimento inicial de um requisito mínimo de crypto para iniciar a aposta. Vejamos um exemplo de prova de participação em ação, utilizando a popular criptomoeda baseada em POS chamada Dash (DASH).

Etapa 1) A fase inicial está dependente do participante da rede. Os participantes deverão decidir quanto do seu ativo de crypto escolhido, DASH, neste caso, querem depositar como uma aposta.

Etapa 2) Depois, o participante da rede deve descobrir quantas moedas digitais uma determinada rede tem em circulação na blockchain. DASH tem mais de 10.000.000 moedas em circulação.

Etapa 3) O participante da rede deve comprar o seu ativo de crypto escolhido e apostar a quantia necessária. Esta última varia muito em função da rede de crypto em que se está a apostar.

Etapa 4) Agora, chegou a melhor parte: receber as recompensas que lhe são devidas por ter apostado o seu crypto! Naturalmente, quanto mais criptomoedas um participante da rede depositar, mais potenciais recompensas receberá.

Objetivos a longo prazo da PoS

Pode ser a adição mais jovem quando se trata de mecanismos de consenso, mas a Prova de Participação tem objetivos nobres a longo prazo. A sua principal missão é enfrentar as preocupações associadas ao protocolo de prova de trabalho (PoW), tais como o consumo de energia, a escalabilidade e os efeitos negativos para o ambiente.

Afinal, a prova de trabalho é vista principalmente como um método competitivo de verificação de transações em blockchain. Com a PoW, as recompensas monetárias incentivam os mineiros, o que naturalmente significa que procuram constantemente métodos para obter uma vantagem sobre outros mineiros.

Tomemos a Bitcoin como um dos exemplos reais que utilizam a PoW. Os mineiros que se concentram na criptomoeda original resolvem problemas matemáticos complexos para verificarem blocos e confirmarem transações de modo a ganharem BTC na blockchain da Bitcoin, como recompensa. Contudo, com o custo médio da extração de uma Bitcoin estando atualmente entre $7.000-$11.000. os mineiros de Bitcoin consomem muita energia e são um assunto caro. Naturalmente, os mineiros precisam de cobrir muitas despesas operacionais para poderem ganhar o máximo de dinheiro.

Então, o que acontece é que os mineiros trocam altos níveis de consumo de energia por criptomoedas como a Bitcoin. Isto não é sustentável e tem enormes efeitos sobre a dinâmica do mercado de preços e a rentabilidade da PoW.

Assim, para resolver estas questões, o mecanismo de prova de participação a substitui com sucesso o poder computacional pelo staking. A capacidade de mineração dos entusiastas de crypto é aleatória e não lhes é dada uma vantagem baseada em explorações de drenagem de energia de hardware de mineração de crypto, causando assim um nível reduzido de consumo de energia.

Prós e contras da PoS

À primeira vista, parece certamente que a prova de participação tem uma vantagem em relação à prova de trabalho, especialmente quando se trata de consumo de energia e sustentabilidade. Mas será que tem aspetos negativos? Vejamos os prós e contras da PoS!

Prós	Contras
A PoS é mais amigável para principiantes, uma vez que não requer hardware especializado em crypto para começar a mineração.	Os mineiros com investimentos significativos em crypto podem assegurar uma enorme influência na verificação das transações.
A PoS é um método de processamento de transações de crypto de alta velocidade e barato.	Algumas criptomoedas de prova de participação requerem o bloqueio de moedas apostadas na rede durante um período específico.
A Prova de Participação é muito mais eficiente do ponto de vista energético do que a Prova de Trabalho.	Quando comparado com a PoW, a PoS não tem um historial comprovado de segurança fiável.

Exemplos de prova de participação

Muitas vezes visto como um método muito mais aperfeiçoado para resolver problemas de crypto na blockchain, a prova de participação é, muitas vezes, o mecanismo de consenso escolhido para os projetos de crypto que chegam ao mundo das moedas descentralizadas. Seguem-se alguns exemplos de blockchains bem conhecidas que utilizam a POS atualmente.

Binance Coin:

A Binance Coin (BNB) é a moeda nativa da popular bolsa de criptomoedas Binance e utiliza de modo significativo o modelo de consenso de prova de participação. O seu preço aumentou enormemente nos últimos anos e garantiu uma onda de novos utilizadores à sua rede e à sua bolsa. É também uma das formas mais simples de tirar partido da POS e começar a apostar moedas para obter recompensas. Os portadores de tokens que apostam BNB ganham frequentemente até 30% de volta sobre a aposta inicial. A bolsa de crypto Binance até tem o seu próprio cofre de apostas nativo, amplamente utilizado.

Tezos:

O Tezos é um projeto de crypto bastante conhecido e muito bem-sucedido, que utilizou o modelo de consenso de prova de participação para obter bons resultados. A rede Tezos ostenta um mecanismo de incentivo popular que faz com que os validadores sejam generosamente recompensados com moedas Tezos recém-criadas. E com razão. Afinal, estes validadores desempenham um papel significativo na manutenção e na segurança da rede Tezos. Com base no número de novos participantes na rede, as apostas exigidas pela rede Tezos aumentam, por sua vez. Graças ao POS, as recompensas e os dados sobre a blockchain Tezos são protegidos de forma segura contra atividades fraudulentas.

Ethereum 2.0:

Um dos ativos de blockchain mais conhecidos é o do Ethereum. Desde o seu lançamento, o preço subiu em flecha e até rivalizou com o da Bitcoin, em muitas ocasiões. O Ethereum cresceu nos últimos anos e, desde então, tornou-se a fundação de milhares de projetos de blockchain. Como resultado deste sucesso, tornou-se uma rede congestionada e precisa de ser escalada. Para resolver esta questão, Vitalik Buterin, um dos cofundadores do Ethereum, elaborou um plano para o Ethereum 2.0, em 2016. Consistia numa versão renovada do algoritmo de prova de trabalho, chamado Sharding. Sob o Ethereum 2.0, aqueles que detêm ou compram ETH têm a oportunidade de a apostar na rede, em troca de uma série de recompensas em criptomoedas.

Cosmos:

O popular projeto de crypto, Cosmos, tem aspirações de se tornar a moeda descentralizada mais proeminente e mais amplamente utilizada, com base no modelo de prova de participação. Tem assegurado milhões de utilizadores, devido à sua ampla capacidade de utilizar a POS para uma vasta gama de utilizações. Globalmente, o Cosmos tem como alvo milhões de pessoas em todo o mundo que não têm acesso ao sistema bancário global. Ao utilizar o modelo de POS, os utilizadores do Cosmos têm a oportunidade de apostar as suas moedas em troca de recompensas.

Akash Network:

E, por último, mas de forma alguma menos importante, a Akash Network. O seu token nativo, o Token Akash (AKT), pode ser apostado na Akash Network e oferece aos participantes da rede a possibilidade de ganharem mais de 55% APR. A Akash oferece uma das maiores recompensas de aposta no mercado de crypto.

Então, como se comparam os mecanismos de consenso da prova de trabalho e da prova de participação?

Muito bem, mergulhámos profundamente nas principais diferenças e nos prós e contras da prova de trabalho e da prova de participação, mas como é que se comparam? Competem em duas áreas principais: Eficiência energética e segurança. Vejamos ambas.

Prova de Trabalho (POW) Vs. Prova de Participação (POS) – Eficiência Energética

Em primeiro lugar, a questão crucial da eficiência energética. O crypto desenvolveu uma reputação de grande gastador de energia e recursos em todo o mundo. Mas isto deve-se principalmente ao modelo de blockchain da prova de trabalho, que é bastante conhecido pela sua utilização massiva de energia. Em 2021, por exemplo, foi revelado que a rede Bitcoin utiliza mais eletricidade do que toda a Argentina.

Isto deve-se à natureza competitiva das blockchains de prova de trabalho, em que os mineiros são obrigados a aumentar constantemente a potência computacional para serem os primeiros a resolver problemas matemáticos cada vez mais complicados. A prova de participação, por outro lado, é muito mais eficiente.

Com a POS, aqueles que validam os blocos são escolhidos através de um algoritmo aleatório. Isto resulta em níveis muito mais baixos de consumo de energia e velocidades de transação mais rápidas. Além disso, também proporciona um nível adicional de segurança para transações de crypto e permite às redes a possibilidade de escalar.

Mecanismos de POS Vs. Mecanismos de POW – Segurança na Verificação de Transações

Outra área crucial de qualquer mecanismo de consenso é a sua segurança. A prova do trabalho foi inicialmente fundada com base numa ideia para o aumento da segurança. Ao exigir que os mineiros utilizem mais recursos e entrem em competição uns com os outros para resolverem problemas de crypto, processarem transações, criarem novos blocos, e ganharrm recompensas, a PoW trabalha no sentido de prevenir ataques de rede.

No entanto, a POW enfrenta uma ameaça significativa à segurança, através do que é conhecido como um ataque maioritário à rede de uma criptomoeda. Este ataque cibernético pretende assumir 50% ou mais da potência mineira de uma rede. Depois, consegue impedir a confirmação de transações, criar múltiplas transações duplicadas, realizar transações maliciosas, e criar duplicados da blockchain que parecem genuínos.

Os sistemas de POS, por outro lado, só permitem aos mineiros validar os blocos após terem feito uma aposta. Esta aposta funciona como um depósito de segurança que obriga os cibercriminosos a verificarem legitimamente os blocos e a evitarem duplicados ilícitos. Porque, se o fizerem, a sua aposta será perdida e não receberão qualquer benefício. Assim, em geral, a prova de participação pode ter um nível de segurança ainda mais eficaz do que a prova de trabalho, com menor consumo de energia.

Perguntas mais frequentes sobre POS vs POW

Ainda tem perguntas sobre PoS vs PoW? Bem, adoramos um leitor inquisitivo! Portanto, permita-nos responder a algumas das perguntas mais comuns sobre a prova de trabalho e da prova de participação, para solidificar ainda mais a sua compreensão destes dois mecanismos de consenso únicos!

A prova de participação substituirá a prova de trabalho?

Não, estes mecanismos de consenso são completamente diferentes um do outro e desempenham papéis únicos no espaço de crypto. Acima de tudo, a prova de trabalho é uma base fundamental da Bitcoin, e é pouco provável que mude em breve.

A prova de trabalho é mais segura do que a prova de participação?

Em geral, a prova de trabalho é vista como o mecanismo de consenso mais seguro, quando comparado com a prova de participação. No entanto, este último é considerado mais rápido, mais eficiente em termos energéticos e mais amigo do ambiente do que o primeiro.

A Bitcoin utiliza PoS ou PoW?

Sendo a criptomoeda mais antiga, a Bitcoin utiliza o mecanismo de consenso mais antigo, a Prova de Trabalho, tal como o Ethereum 1.0. Geralmente, as criptomoedas mais recentes, como Cardano e Tezos, usam a prova de participação.

O que acontece ao ETH baseado na prova de trabalho quando o ETH 2.0, com base na prova de participação, for implementado?

Se é detentor de ETH, não se preocupe, o seu crypto não vai desaparecer! Quando o ETH 2.0 for lançado, contará com o mecanismo de consenso da prova de participação. No entanto, o histórico de dados do Ethereum 1.0 será preservado, e será transformado num dos 64 fragmentos que compõem o Ethereum 2.0.

O XRP utiliza a prova de participação ou a prova de trabalho?

Boa pergunta! Na realidade, o XRP não utiliza nenhum dos dois. Em vez disso, utiliza o algoritmo do consenso federado. Isto é extremamente diferente dos mecanismos da prova de trabalho e de prova de participação, uma vez que os participantes na rede Ripple estão bem familiarizados e têm uma base de confiança uns com os outros, baseada na sua reputação.

Conclusão

Assim, para resumir este guia de prova de trabalho vs prova de participação, estes dois diferentes modelos de consenso desempenham papéis únicos nos fundamentos da blockchain. Podemos resumir os dois modelos de consenso da seguinte forma:

• Prova de trabalho: Os mineiros de crypto competem entre si para resolverem equações matemáticas complexas, utilizando sistemas informáticos de alta potência. O primeiro a resolver a equação é recompensado com criptomoedas. Altamente competitivo e não eficiente, tanto em velocidade como em energia.
• Prova de participação: Os mineiros têm de apostar uma determinada quantia da sua moeda digital antes de poderem validar as transações. A quantidade de moedas digitais que um mineiro possui determina a quantidade de poder mineiro que possui. Os mineiros são selecionados aleatoriamente para cada transação, de acordo com um algoritmo único. Eficiente energeticamente e menos competitivo.

Globalmente, a prova de trabalho é o modelo de consenso de blockchain mais conhecido e constitui a base da criptomoeda original, Bitcoin. No entanto, o modelo de consenso alternativo, prova de participação, provou ser uma alternativa muito mais eficiente em termos energéticos, segura, e escalável.

A maioria dos projetos recentes da blockchain e das criptomoedas que estão a chegar ao mercado optaram pelo modelo de prova de participação. Em vez de competirem um com o outro, é provável que os dois coexistam e desempenhem papéis únicos no mundo das criptomoedas, uma vez que ambos são inerentemente únicos e preenchem papéis diferentes.

Isenção de responsabilidade: Este artigo não constitui aconselhamento financeiro. Fornece apenas uma visão sobre um dos domínios mais fascinantes da tecnologia de blockchain. Qualquer pessoa que deseje investir em criptomoedas pela primeira vez deve estar ciente de que se trata de um setor inerentemente volátil. Os preços das criptomoedas podem subir e descer num dado momento, e a perda é tão possível como o lucro. Antes de investir em moedas digitais, faça sempre a sua pesquisa e procure a opinião de um consultor financeiro licenciado.